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Vereadores pedem gratificação para profissionais de saúde que atuam no combate ao coronavírus

Se dependesse exclusivamente da Câmara Municipal de Parauapebas, os profissionais de saúde que se encontram na linha de frente no combate ao coronavírus seriam compensados com gratificação para somar com salários incompatíveis que recebem, correndo risco de se contaminar e até de morrer, na busca de salvar vidas.

A proposta (Indicação nº 112/2020) foi apresentada na sessão ordinária de terça-feira (28) pelos vereadores José Couto (MDB), José Marcelo (PSB) e Zacarias Marques (PP), presidente e membros da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, respectivamente. A indicação foi aprovada em plenário, mas precisa passar por avaliação do governo municipal para entrar em vigor.

Os parlamentares informam na justificativa da matéria que as investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Assim, qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1 metro) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

“Paralelamente à disseminação do vírus, os profissionais de saúde têm sido verdadeiros heróis no combate à pandemia, utilizando de muita garra e força de vontade, muitas vezes até atuando sem a proteção devida, podendo em muitos casos haver contaminação, o que tem desestimulado grande parte dos profissionais de saúde, que, além de ganharem salários incompatíveis com o risco que correm, podem se contaminar, indo a óbito”, diz trecho da indicação.

Segundo ainda José Couto, José Marcelo e Zacarias Marques, a gratificação aos profissionais de saúde, após vista a questão de viabilidade e adequação orçamentária, se dará em caráter transitório e se incorporará à remuneração básica para todos os efeitos, enquanto perdurar a situação de emergência, e será paga a todos os profissionais que estejam na linha de frente de combate ao coronavírus.

Os percentuais a serem pagos a título de gratificação serão na mesma incidência do adicional de insalubridade, ficando a cargo do Poder Executivo definir os índices a que cada grupo de profissionais esteja exposto.
Por fim, os autores da proposta destacam que a gratificação é uma forma de o governo municipal agradecer aos servidores da saúde, desde os que realizam os serviços gerais até os médicos, pela dedicação e assiduidade neste momento de crise causada pela pandemia do coronavírus.

Boletim Epidemiológico confirma mais uma morte e novos casos de Covid-19 em Parauapebas

De acordo com Boletim Epidemiológico divulgado no início da noite desta sexta-feira (1) pela Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas (Semsa), mais 11 casos de Covid-19 foram confirmados. Entre eles, um óbito de um paciente que faleceu com suspeita da doença.

Casos confirmados:

  • Homem de 56 anos, cardiopata. Internado
  • Homem de 57 anos. Em isolamento domiciliar
  • Mulher de 26 anos. Internada
  • Homem de 67 anos, hipertenso. Internado
  • Mulher de 27 anos. Em isolamento domiciliar
  • Homem de 27 anos. Em isolamento domiciliar
  • Homem de 27 anos. Em isolamento domiciliar
  • Mulher de 33 anos. Em isolamento domiciliar
  • Criança de 1 ano. Em isolamento domiciliar
  • Homem de 24 anos. Em isolamento domiciliar
  • Homem de 74 anos, hipertenso. Atendido no Hospital Geral de Parauapebas em 26/04 e faleceu no mesmo dia

Ação do MP requer fiscalização do funcionamento de serviços não essenciais em Eldorado

Em Eldorado dos Carajás, cidade situada no sudeste paraense, as medidas de isolamento social contra o novo coronavírus são poucas. A prefeitura, através de decreto, permitiu a abertura do comércio não essencial, contrariando orientações do Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde. Nesse contexto, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) ajuizou uma ação civil pública para que a prefeitura seja obrigada a efetuar fiscalizações rígidas, constantes e de longa duração no comércio da cidade, com efetivas punições em caso de descumprimento.

A ação civil pública foi assinada nesta quarta-feira (29), pelo promotor de Justiça José Alberto Grisi Dantas, titular da Promotoria de Justiça de Eldorado dos Carajás. O objetivo da ação é garantir a obediência às medidas sanitárias e aplicar as sanções no caso de descumprimento, como a autuação, suspensão de alvará de funcionamento e lacração do estabelecimento, dentre outras. O MPPA requer que seja estabelecido o prazo de 24 horas para que a prefeitura inicie as fiscalizações, com multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento.

No documento, o promotor de Justiça requer, liminarmente, que equipes da Vigilância Sanitária e Vigilância em Saúde fiscalizem estabelecimentos que recebam clientes de forma presencial. Em caso de descumprimento das medidas sanitárias, como o distanciamento entre os consumidores e controle de aglomerações, as equipes devem aplicar multas, interditar os estabelecimentos e suspender o alvará de funcionamento dos locais.

O mesmo trabalho de fiscalização deverá ocorrer quanto às atividades de restaurantes, bares, lanchonetes e similares, que devem funcionar somente nas modalidades take away (retirada de produtos) delivery (serviço de entregas), proibindo a entrada de público. A verificação também deve ser constante em casas de show, boates, praças públicas, ginásios de esporte, campos de futebol e balneários. Esses locais devem permanecer fechados para evitar aglomerações.

Além disso, a prefeitura deverá incluir nos decretos já publicados as sanções que a Vigilância Sanitária poderá aplicar aos estabelecimentos que descumpram as medidas de prevenção ao novo coronavírus. Dentre elas, a interdição, a lacração dos estabelecimentos e a suspensão imediata e temporária dos alvarás de funcionamento.

Caso a Prefeitura não intensifique as fiscalizações para garantir o distanciamento social no município em até 10 dias, o MPPA requer a suspensão do decreto nº 11, que permitiu o funcionamento do comércio não essencial, para o restabelecimento do decreto anterior, que determinou o fechamento dos estabelecimentos.

A promotoria requereu ainda que o governo municipal compre kits para a ampla realização de testes de covid-19, estimule o uso de máscaras e o distanciamento social e distribua itens de higiene pessoal à população mais carente.

Entenda o caso

Após o Governo do Estado decretar diversas medidas de enfrentamento à covid-19, a prefeitura de Eldorado dos Carajás publicou o decreto nº 10/2020, que determinava o fechamento de todo o comércio não essencial. Devido à pressão feita por empresários locais, 6 dias depois, um novo decreto foi expedido, o de nº 11/2020, permitindo a reabertura do comércio não essencial local, desde que fossem seguidas normas sanitárias.

O decreto nº 11/20 institui medidas de proteção e distanciamento que devem ser cumpridas para que os lojistas possam trabalhar. Só que a fiscalização ineficiente do cumprimento dessas normas vem surtindo pouco impacto para evitar a aglomeração de pessoas no comércio.

À época, o MPPA exigiu os dados científicos que deram base à decisão da prefeitura. Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que não existiam casos de transmissão ou contágio por coronavírus na cidade. Contudo, a Secretaria de Saúde possuía, à época, apenas dois kits com testes rápidos de covid-19 e, dessa forma, não tinha condições de verificar se realmente existiam pessoas infectadas no município.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde do Pará, Eldorado dos Carajás ainda não possui registros de pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus.

Conselheiros Tutelares são empossados em Parauapebas

Após capacitação ocorrida entre os dias 27 e 30 de abril, os Conselheiros Tutelares de Parauapebas foram empossados para um mandato de 4 anos, sendo de 2020 a 2023.

No ato, ocorrido simultaneamente nos dois conselhos existentes no município, se deu posse a cinco conselheiros em cada um, às 10 horas da manhã desta sexta-feira, 1º; mas, antes, às 9 horas, também de forma simultânea, foram empossados os suplentes, sendo também cinco em cada unidade.

A cerimônia foi simples, sendo permitida apenas a presença dos empossados e um representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e dos Adolescentes de Parauapebas (COMDCAP), momento em que foi entregue, a cada conselheiro e também aos suplentes, uma pasta contendo um exemplar do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e, pela simbologia do momento, na pasta também continha um frasco spray de álcool em gel.

Também foi feita a assinatura do Termo de Posse, a entrega do Certificado e o juramento, seguida pela declaração de empossados. O início do trabalho foi imediato após a posse, quando os conselheiros se reuniram para planejar as ações.

Em Parauapebas os dois Conselhos Tutelares trabalham com distintas jurisdições, sendo a do Conselho I a parte sul da cidade e o Conselho II a parte norte, compreendendo como divisa a Rodovia PA-275.

O Conselho Tutelar I tem sede no Bairro Rio Verde onde trabalharão neste mandato os seguintes Conselheiros Tutelares titulares:
MARCIA AGUIAR BARROS, TEREZINHA DA SILVA OLIVEIRA, LÍBIA FERREIRA CUTRIM, VAURISMAR SANTOS DO NASCIMENTO e NEIL ARMSTRONG DA SILVA SOARES.

Os suplentes são:
HILKA LIMA SANTOS, NATHYELE MELO ANDRADE, RODRIGO FERREIRA LEAL, ELINETE DE JESUS COSTA FERNANDES e ABRAÃO CAVALCANTE PAESLANDIM.

 

O Conselho Tutelar II tem sede no Bairro Vila Rica, onde trabalharão neste mandato os seguintes Conselheiros Tutelares titulares:

VANDA FERREIRA NASCIMENTO, IVANILDO BRAGA DA SILVA, ALZENIR BARBOSA ROSSY, EDILEUZA APARECIDA CORREA GONÇALVES e MARAÍSA DIAS BARREIRA DA SILVA.

Os suplentes são:
IGOR VIEIRA DOS SANTOS, FRANK BARROS DA PAIXÃO, MARIA DO SOCORRO FERREIRA DA SILVA, MARIA DA CONCEIÇÃO MARQUES SOUSA e EDOILSON SILVA SOUSA.

Entidade realiza pesquisa para mensurar o impacto econômico da pandemia em Parauapebas

A ideia, conforme explicou o presidente do Sindicato das Empresas de Alimentação e Hospedagem de Parauapebas e Região (SEAHPAR), Jânio Valadares, é produzir conteúdo para os órgãos competentes, imprensa local e Federação Nacional, tendo como objetivo cobrar das autoridades medidas responsáveis de socorro para os segmentos atingidos pela paralisação que já dura mais de 30 dias.

Trata-se da pesquisa feita junto a hotéis, bares, restaurantes e similares, fechados em atendimento aos decretos estadual e municipal, sob a justificativa de evitar aglomerações, o que, de acordo com autoridades da saúde, facilita a propagação do novo coronavírus, que provoca Covid -19. “A gente tentou a reabertura destes segmentos, levando como propostas a execução de medidas preventivas. Porém, com o aumento expressivo de casos da doença no município além de óbitos, e por ser considerados comércios não essenciais, nosso pedido não foi atendido”, explicou Jânio, contando que não desistiu e continua trabalhando junto ao governo do Estado para uma flexibilização nas próximas semanas no sentido de melhorar as condições de hotéis, bares, restaurantes e similares, comemorando uma vitória em favor das panificadoras que já podem permanecerem abertas após às 16h00 e das empresas de delivery de alimentos após às 22h00, por se tratar de uma recomendação conforme o art. 23 do Decreto Estadual de 20/04/2020.

“A situação é preocupante, pois, de acordo com levantamentos feitos pelo sindicato, só nos primeiros 15 dias fechados, registrou-se a perda imediata de 500 postos de trabalho; número que já chega a 1 mil, totalizando 1,5 mil empregos diretos e até 6 mil empregos indiretos perdidos”, contabiliza Jânio, afirmando que agora, o SEAHPAR está realizando mais uma pesquisa junto as empresas dos segmentos diretamente atingido com o fechamento total em Parauapebas.

O questionário já foi encaminhado aos empresários nos segmentos de hotéis, bares, restaurantes e similares com as seguintes perguntas:

  • Qual a Principal Atividade da Empresa?
  • Quantos funcionários sua empresa possui atualmente?
  • Sua empresa já demitiu algum funcionário? (se sim, quantos?)
  • Existe a previsão de demissão caso as atividades não retornem em menos de 30 dias?
  • Na sua empresa existem funcionários com contrato de trabalho suspenso?
  • Qual a queda nas vendas de sua empresa nos últimos 30 dias?
  • Quanto tempo em média será necessário para recuperação da sua empresa após a pandemia?

Hospital de Campanha de Parauapebas oferta 156 vagas de emprego; saiba como se candidatar

Diante da pandemia da Covid-19 que assola o mundo, Parauapebas vai ter um Hospital de Campanha com 100 leitos equipados, aparelhos de raio-x móvel, monitores, farmácia e toda a estrutura obrigatória em um ambiente hospitalar.

A Vale, juntamente com a Prefeitura de Parauapebas já ergueu em ritmo acelerado mais 70% da infraestrutura concluída, mais de 80% da estrutura da tenda montada, mais de 20% das lonas já montadas.

O Hospital vai precisar de 156 (5% das vagas para PCD) profissionais para compor o corpo de funcionários: Analista de RH (40 horas de trabalho, com remuneração de R$ 2.800,00); Assistente Administrativo (40 horas de trabalho, com remuneração de R$  1.500,00); Assistente Financeiro (40 horas de trabalho, com remuneração de R$ 1.500,00); Assistente Social (30 horas, com remuneração de R$ 2.500,00); Auxiliar de Almoxarifado (36 horas com remuneração de R$ 1.112,69); Auxiliar de Farmácia (40 horas com remuneração de R$ 1.666,67); Auxiliar de Farmácia (36 horas com remuneração de R$ 1.500,00); Comprador (40 horas, com remuneração de R$ 2.200,00); Coordenador – Farmacêutico (40 horas, com remuneração de R$ 5.000,00); Coordenador de Enfermagem – CTI (40 horas, com remuneração de R$ 5.000,00); Enfermeiro (36 horas, com remuneração de R$ 3.500,00); Enfermeiro (40 horas, com remuneração de R$ 3.888,89); Farmacêutico (36 horas, com remuneração de R$ 3.500,00); Faturista (40 horas, com remuneração de R$ 1.500,00); Fisioterapeuta – CTI (30 horas, com remuneração de R$ 2.916, 67); Psicólogo (30 horas, com remuneração de R$ 3.000,00); Supervisor de Same (40 horas, com remuneração de R$ 3.500,00); Técnico de Enfermagem (36 horas, com remuneração de R$ 2.000,00); Técnico de Radiologia Diurno (18 horas, com remuneração de R$ 2.000,00); Técnico de Radiologia Noturno (24 horas, com remuneração de R$ 3.000,00); Técnico de Segurança do Trabalho (40 horas, com remuneração de R$ 2.800,00); Técnico de TI (40 horas, com remuneração de R$ 1.471,64).

Os interessados nas vagas devem se inscrever por meio do site: seletivo.institutoacqua.org.br/seletivo

 

“Disque Covid” orienta população sobre a doença em Parauapebas

De um lado da linha do telefone, a população em busca de informações sobre como agir em caso de apresentação de sintomas característicos da Covid-19; do outro lado, profissionais capacitados para orientar o que é recomendado pelo Ministério da Saúde para cada caso.

Esse é o serviço feito pela equipe do Disque Covid, implantado pela Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). A iniciativa tem ajudado a sociedade, mesmo em isolamento social, a ter todo o suporte necessário de informações para o enfrentamento à pandemia.

‘O Disque Covid é fundamental. Essa é uma doença nova, então a população tem muitas dúvidas. E aí que se fazem necessários esses telefones específicos para passar informações, e, ao mesmo tempo, evita que a pessoa tenha que ir até uma unidade de saúde. Na dúvida, ligue; a informação é uma arma poderosa na prevenção’’, orienta o secretário de Saúde, Gilberto Laranjeiras.

O Dique Covid do município funciona das 8 às 22 horas, sete dias por semana, e tem recebido um grande volume de ligações diariamente. As ligações, segundo Lívia Torres, coordenadora do serviço, são atendidas por profissionais da saúde com experiência e que acompanham as informações sobre o vírus.

Os números do Disque Covid em Parauapebas são 99199-8790 e 99301-8235.

Atenção: a Semsa reforça que esses números são exclusivos para dúvidas relacionados apenas ao novo coronavírus. Canais de comunicação para denúncias de demais assuntos são outros contatos.

Estatística e procedimentos

Entre os dias 20 de março e 27 deste mês, o Disque Covid de Parauapebas recebeu 1.246 ligações telefônicas, 155 ligações via aplicativo do whatsapp e mais 232 mensagens pelo aplicativo.

“Os sintomas que apresento são de Covid-19? Onde faço o teste?” As dúvidas mais frequentes que chegam serviço, segundo Lívia Torres, são para saber se os sintomas apresentados são da Covid-19 e onde são feitos os testes.

Quanto ao questionamento sobre sintomas, é orientado que em caso de sintoma gripal leve, sem confirmação de contato com caso confirmado ou suspeito de contágio por coronavírus, a pessoa deve ficar em casa por 14 dias.

Caso a pessoa apresente sintomas mais graves, como cansaço que dificulte a fala ou esse cansaço apareça ao fazer pequenas caminhadas dentro de casa, e ainda febre, unhas e lábios azulados, a orientação é para que a pessoa procure uma unidade de saúde mais próxima, usando máscara.

Na UBS, a pessoa passará por avaliação. Se não precisar de internação, será devidamente medicada e ficará em isolamento domiciliar com acompanhamento da equipe de Saúde da Família e do setor de Vigilância em Saúde.

Quanto ao questionamento sobre os testes, o governo municipal está priorizando-os para as pessoas classificadas com o quadro clínico grave.

Servidores da saúde também estão em “guerra” contra a Dengue em Parauapebas

Mesmo em tempos de pandemias, tem serviços que não podem parar. Por isso, a Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria de Saúde (Semsa), continua trabalhando para combater a dengue. Os Agentes de Combate as Endemias (ACE) percorrem ruas da cidade conscientizando a população sobre os cuidados que devem ser tomados para prevenir a doença e eliminar o mosquito Aedes aegypti.

Desde o início deste ano, 38.179 imóveis foram visitados pelas equipes de ACE para controle de criadouros. No mesmo período, foram 2.409 quilômetros rodados com o carro de fumacê nas áreas com objetivo de eliminar o mosquito.

Medidas de proteção e prevenção

Para a realização do trabalho, os agentes de endemias estão mantendo todas as medidas de prevenção necessárias, utilizando os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e mantendo o distanciamento dos moradores, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

Nos domicílios visitados, o morador identificado com qualquer sintoma respiratório (tosse, coriza, dor de garganta, falta de ar, febre), recebe orientação dos agentes para que busque atendimento nas unidades de saúde.

Máscara no rosto, repelente no corpo e vigilância constante. Com a extensão do período de chuva e mais pessoas em casa, devido às recomendações de isolamento social, a preocupação com o mosquito e especialmente com a dengue não pode ser deixada de lado. Deixar água parada pode criar mais um problema ao sistema de saúde, em meio ao cenário já complexo de combate ao novo coronavírus.

A ameaça constante das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti fica em segundo plano das preocupações diante do avanço da covid-19. Porém, o isolamento sem os cuidados já praticados antes contra o mosquito pode favorecer a proliferação do vetor, transmissor também da chikungunya e da zika, além de sobrecarregar o sistema de saúde.

Até março, Parauapebas registrou dois casos associados à dengue. O coordenador do Programa das Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti, Carlos Damasceno, lembra que o coronavírus é prioridade do momento, mas que não se pode baixar a guarda com as chamadas arboviroses. “Se a população não se atentar de forma geral, os focos de dengue se mantêm sempre ativos. Com a chuva que ainda não parou, há uma preocupação com a possível somatória de doentes e seu impacto sobre o sistema de saúde”, explica.

Embora sejam doenças causadas por vírus diferentes, o aumento do número de casos tanto da dengue quanto da Covid-19 faz com que o senso de coletividade seja maior, demandando um comportamento de reflexão para a sociedade.  “A pandemia do coronavírus é prioridade, mas não podemos deixar as ações de rotina. A população em isolamento deve aproveitar para rever em suas casas os possíveis locais com foco do mosquito e eliminá-los, para o poder do transmissor não aumentar”, alerta a Diretora da Vigilância em Saúde, Michelle Ferreira.

“Estão brincando com assunto sério”, diz juiz que determinou lockdown no Maranhão

A Justiça do Maranhão decretou na última quinta-feira (30) estado de lockdown, o chamado bloqueio total, em quatro municípios da região metropolitana de São Luís, pelo prazo de 10 dias, a partir do dia 5 de maio, por causa do aumento de casos e mortes pelo novo coronavírus nas regiões. Esta é a primeira decisão do tipo no país.

Os municípios de São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar entrarão nesta lista de blqueios, juntamente com a capital. A medida, que é movida pelo Ministério Público do Maranhão, foi tomada devido a capacidade hospitalar estar praticamente no limite. O estado registra 3.506 casos confirmados e 204 mortes por COVID-19. Apenas serviços essenciais estarão operando normalmente durante o período.

O texto da ação prevê ainda que o indíviduo que estiver nas ruas será convidado a voltar para casa. Em entrevista à CNN na manhã desta sexta-feira (1º), o juiz Douglas de Melo Martins comentou a decisão.

“Os quatro municípios estão em situação limite. O próximo passo é ver pessoas esperando dentro de ambulâncias para conseguir algum tipo de atendimento”, diz.

“Já há um decreto estadual de isolamento, mas metade da população não aderiu, está brincando com um assunto super sério. Tem muita gente morrendo pela falta de responsabilidade das pessoas.”

Martins explicou então que entidades municipais e estaduais precisarão somar forças para fiscalizar o cumprimento da decisão. “Não tem outra opção, é a única saída. Expor a perigo a vida ou saúde de outrem é crime, desobediência também. Mas espero que ninguém seja preso”, afirma.

Questionado sobre a parcela da população que reinvidica poder voltar ao trabalho, o juiz afirmou que “o grupo de classe média alta foi o que mais reclamou”.”As pessoas estão preocupadas se vão ter empregada doméstica em casa. A crise econômica está acontecendo e vai continuar, com ou sem lockdown. O que se pretende é proteger a vida das pessoas.”

Martins disse ainda instituições financeiras precisam se organizar para que os beneficiários das medidas de auxílio emergencial recebam seu dinheiro em segurança. “A porta dos bancos virou um ponto de contaminação. Também tomei decisão para que essas instituições se organizem neste sentido”, explica.

Mundo atinge a marca de 1 milhão de curados do coronavírus; 35 mil são no Brasil

O Brasil possui mais de 35 mil pacientes recuperados da COVID-19. No mundo a marca superou 1 milhão nesta quinta-feira (30), que representa cerca de 31% do total de casos da doença pelo planeta.

No Hospital Santa Catarina, em São Paulo, dos 227 pacientes internados com diagnóstico positivo para coronavírus,169 já receberam alta desde o início da pandemia. A unidade chegou a registrar 10 altas em um único dia.

O Brasil possui mais de 35 mil pacientes recuperados da COVID-19. No mundo a marca superou 1 milhão nesta quinta-feira (30), que representa cerca de 31% do total de casos da doença pelo planeta.

No Hospital Santa Catarina, em São Paulo, dos 227 pacientes internados com diagnóstico positivo para coronavírus,169 já receberam alta desde o início da pandemia. A unidade chegou a registrar 10 altas em um único dia.

Em Parauapebas, jovem de 21 anos é executado a tiros enquanto empinava pipa

Rivalidade de integrantes de supostas facções criminosas vem sendo o grande motivo para execuções de jovens na “Capital do Minério”. No início da noite desta quinta-feira (30), Antonio Wesley Pereira da Silva, 21 anos, nascido em Campo Maior (PI), foi  executado a tiros enquanto empinava pipa em uma área do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep), no Bairro Liberdade II.

O crime seguiu o procedimento de quase todos os homicídios de Parauapebas. Dois homens chegaram em uma motocicleta, o da garupa disparou contra Antonio Wesley por cinco vezes, acertando-o com dois tiros.

Testemunhas relataram a polícia que a vítima ainda tentou correr, mas logo caiu morto em uma área de terra. Na oportunidade, os policiais souberam que o rapaz pertencia a uma suposta facção criminosa.

Sergio Moro afirma que apresentará ao STF provas contra Bolsonaro

Quando Sergio Moro decretou as primeiras prisões da Operação Lava-­Jato, em 2014, ninguém imaginava que começaria ali uma revolução de consequências históricas para a política, a economia e o combate à corrupção no Brasil. Em quatro anos, as investigações revelaram a existência de uma monumental estrutura que tinha como membros ativos as maiores empreiteiras do país, altos dirigentes de empresas estatais e políticos de todos os quilates — de deputados a presidentes da República. Todos se nutrindo da mesma fonte de um esquema que, durante anos, desviou mais de 40 bilhões de reais dos cofres públicos, dinheiro convertido em financiamento de campanhas eleitorais e propina. O caso fulminou biografias, quebrou empresas, arrasou partidos políticos e desmascarou muita gente que se dizia honesta. A histórica impunidade dos poderosos levou uma surpreendente rasteira — e abriu caminho para que um outsider chegasse à Presidência da República. Com a eleição de Jair Bolsonaro e a nomeação de Sergio Moro para o Ministério da Justiça, muitos apostaram que a corrupção sistêmica sofreria o golpe de misericórdia no país — uma tremenda ilusão, segundo o próprio Moro.

“O combate à corrupção não é prioridade do governo”, revela o agora ex-­ministro da Justiça, que foi descobrindo aos poucos que embarcara numa fria. Ele estava em casa na madrugada da sexta 24 quando soube que o diretor-geral da Polícia Federal fora demitido pelo presidente. Mas o episódio foi a gota d’água de uma relação tumultuada. Havia tempo o presidente não escondia a intenção de colocar no cargo alguém de sua estrita confiança. Bolsonaro frequentemente reclamava da falta de informações, em especial sobre inquéritos que tinham como investigados amigos, correligionários e parentes dele. Moro classificou a decisão do presidente de pôr um parceiro no comando da PF de uma manobra para finalmente ter acesso a dados sigilosos, deu a isso o nome de interferência política e, na sequência, pediu demissão. Bolsonaro, por sua vez, disse que a nomeação do diretor da PF é de sua competência e que as acusações de Moro não eram verdadeiras. O Supremo Tribunal Federal mandou abrir um inquérito para apurar suspeitas de crime.

RECADO – Moro, em relação a Bolsonaro: “Ele sabe quem está falando a verdade” Alex Farias/Photo Press/.

 

Em entrevista exclusiva a VEJA, Moro revelou que não vai admitir ser chamado de mentiroso e que apresentará à Justiça, assim que for instado a fazê-lo, as provas que mostram que o presidente tentou, sim, interferir indevidamente na Polícia Federal. Um pouco abatido, o ex-ministro também se disse desconfortável no papel que o destino lhe reservou: “Nunca foi minha intenção ser algoz do presidente”. Desde que deixou o ministério, ele passou a ser hostilizado brutalmente pelas redes bolsonaristas. “Traidor” foi o adjetivo mais brando que recebeu. Mas o fato é que Bolsonaro nunca confiou em Moro. Sempre viu nele um potencial adversário, alguém que no futuro poderia ameaçar seu projeto de poder. Na entrevista, o ex-ministro, no entanto, garante que a política não está em seus planos — ao menos por enquanto. Na quarta-feira 29, durante a conversa com VEJA, Moro recebeu um alerta de mensagem no telefone. Ele colocou os óculos, leu e franziu a testa. “O que foi, ministro?” “O presidente da República anunciou que vai divulgar um ‘vídeo-bomba’ contra mim.” “E o que o senhor acha que é?”, perguntamos. Moro respirou fundo, ameaçou falar alguma coisa, mas se conteve. A guerra está só começando. Acompanhe nas próximas páginas os principais trechos desta conversa.

“O COMBATE À CORRUPÇÃO NÃO É PRIORIDADE DO GOVERNO”
O ex-ministro Sergio Moro recebeu VEJA em seu apartamento em Brasília. Na entrevista, que durou duas horas, ele lembrou que aceitou o cargo de titular da Justiça diante do compromisso assumido por Bolsonaro com o combate à corrupção. Aos poucos, porém, foi percebendo que esse discurso não encontrava sustentação na prática do governo — e ficou bastante incomodado quando viu o presidente se aproximar de políticos suspeitos:

“Sinais de que o combate à corrupção não é prioridade do governo foram surgindo no decorrer da gestão. Começou com a transferência do Coaf para o Ministério da Economia. O governo não se movimentou para impedir a mudança. Depois, veio o projeto anticrime. O Ministério da Justiça trabalhou muito para que essa lei fosse aprovada, mas ela sofreu algumas modificações no Congresso que impactavam a capacidade das instituições de enfrentar a corrupção. Recordo que praticamente implorei ao presidente que vetasse a figura do juiz de garantias, mas não fui atendido. É bom ressaltar que o Executivo nunca negociou cargos em troca de apoio, porém mais recentemente observei uma aproximação do governo com alguns políticos com histórico não tão positivo. E, por último, teve esse episódio da demissão do diretor da Polícia Federal sem o meu conhecimento. Foi a gota d’água”.

O senhor acusou o presidente Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal. Tem provas disso? O presidente tem muito poder, tem prerrogativas importantes que têm de ser respeitadas, mas elas não podem ser exercidas, na minha avaliação, arbitrariamente. Não teria nenhum problema em substituir o diretor da PF Maurício Valeixo, desde que houvesse uma causa, uma insuficiência de desempenho, um erro grave por ele cometido ou por algum de seus subordinados. Isso faz parte da administração pública, mas, como não me foi apresentada nenhuma causa justificada, entendi que não poderia aceitar essa substituição e saí do governo. É uma questão de respeito à regra, respeito à lei, respeito à autonomia da instituição.

E quais eram as motivações políticas? Reitero tudo o que disse no meu pronunciamento. Esclarecimentos adicionais farei apenas quando for instado pela Justiça. As provas serão apresentadas no momento oportuno, quando a Justiça solicitar.

“NÃO POSSO ADMITIR QUE O PRESIDENTE ME CHAME DE MENTIROSO”
O presidente Bolsonaro rebateu as acusações do ex-ministro. Ele negou que houvesse tentativa de interferência política na Polícia Federal e acusou Sergio Moro de tentar negociar a demissão do diretor da PF em troca de sua nomeação para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Moro conta por que divulgou uma mensagem trocada entre ele e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e outra entre ele e Bolsonaro:

“Eu apresentei aquelas mensagens. Não gostei de apresentá-las, é verdade, mas as apresentei única e exclusivamente porque no pronunciamento do presidente ele afirmou falsamente que eu estava mentindo. Embora eu tenha um grande respeito pelo presidente, não posso admitir que ele me chame de mentiroso publicamente. Ele sabe quem está falando a verdade. Não só ele. Existem ministros dentro do governo que conhecem toda essa situação e sabem quem está falando a verdade. Por esse motivo, apresentei aquela mensagem, que era um indicativo de que eu dizia a verdade, e também apresentei a outra mensagem, que lamento muito, da deputada Carla Zambelli. O presidente havia dito uma inverdade de que meu objetivo era trocar a substituição do diretor da PF por uma vaga no Supremo. Eu jamais faria isso. Infelizmente, tive de revelar aquela mensagem para provar que estava dizendo a verdade, que não era eu que estava mentindo”.

IMAGEM QUEIMADA… – depois das acusações que fez contra o presidente, foi alvo de ataques e chamado de “traidor” Pedro Ladeira/.

 

Na mensagem, Bolsonaro cita uma investigação sobre deputados aliados e afirma que aquilo era motivo para trocar o diretor da PF. O que exatamente queria o presidente? Desculpe, mas essa é uma questão que também vai ter de ser examinada dentro do inquérito que foi aberto no Supremo Tribunal Federal para investigar esse caso. Reitero a minha posição. Uma vez dito, é aquilo que foi dito. Não volto atrás. Seria incoerente com o meu histórico ceder a qualquer intimidação, seja virtual, seja verbal, seja por atitudes de pessoas ou de outras autoridades.

O senhor sofreu algum tipo de ação intimidatória após as revelações que fez? Atacaram minha esposa e estão confeccionando e divulgando dossiês contra ela com informações absolutamente falsas. Ela nunca fez nada de errado. Nem eu nem ela fizemos nada de errado. Esses mesmos métodos de intimidação foram usados lá trás, durante a Lava-­Jato, quando o investigado e processado era o ex-presidente Lula.

“NUNCA FOI MINHA INTENÇÃO SER ALGOZ DO PRESIDENTE”
Depois das denúncias de Moro, o Supremo Tribunal Federal determinou que fosse aberto um inquérito para apurar se o presidente tentou de fato aparelhar a PF para fins políticos. Em seu parecer, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que também fossem investigados os crimes de denunciação caluniosa e contra a honra — ilícitos que, em tese, podem ter sido praticados por Moro:

“Entendi que a requisição de abertura desse inquérito que me aponta como possível responsável por calúnia e denunciação caluniosa foi intimidatória. Dito isso, quero afirmar que estou à disposição das autoridades. Os ataques mais virulentos vieram principalmente por redes virtuais. Não tenho medo de ofensa na internet, não. Me desagrada e tal, mas se alguém acha que vai me intimidar contando inverdades a meu respeito no WhatsApp ou na internet está muito enganado sobre minha natureza”.

RISCO DE PROCESSO - Aras: pedido de investigação por denunciação caluniosa e crime contra a honra do presidente Andressa Anholete/Getty Images

 

O senhor recebeu mais críticas ou apoios por se demitir do cargo e acusar o presidente? A opinião pública compreendeu o que eu disse e os motivos da minha fala. É importante deixar muito claro: nunca foi minha intenção ser algoz do presidente ou prejudicar o governo. Na verdade, lamentei extremamente o fato de ter de adotar essa posição. O que eu fiz e entendi que era minha obrigação foi sair do governo e explicar por que estava saindo. Essa é a verdade.

Qual é hoje a sua opinião sobre o presidente Bolsonaro? Pessoalmente, gosto dele. No governo, acho que há vários ministros competentes e técnicos. O fato de eu ter saído do governo não implica qualquer demérito em relação a eles. Fico até triste porque considero vários deles pessoas competentes e qualificadas, em especial o ministro da Economia. Espero que o governo seja bem-sucedido. É o que o país espera, no fundo. Quem sabe a minha saída possa fomentar um compromisso maior do governo com o combate à corrupção.

“NÃO QUERO PENSAR EM POLÍTICA NESTE MOMENTO”
Em todas as grandes manifestações dos apoiadores do presidente, a figura do ex-ministro da Justiça sempre ocupou lugar de destaque. Após sua demissão, ele passou a ser tratado nas redes sociais como traidor e oportunista que estaria tirando proveito político em um momento de fragilidade do governo:

“Lamento ter de externar as razões da minha saída do governo durante esta pandemia. O foco tem de ser realmente o combate à pandemia. Estou dando entrevista aqui porque tenho sido sucessivamente atacado pelas redes sociais e pelo próprio presidente. Hoje mesmo, quarta, ele acabou de dar declarações, ontem deu declarações. Venho sendo atacado também por parte das pessoas que o apoiam politicamente. Tudo o que estou fazendo é responder a essas agressões, às inverdades, às tentativas de atingir minha reputação”.

MANDANTE - Adélio, que tentou matar o presidente: caso ainda não encerrado ./Divulgação

 

O que o senhor pretende fazer a partir de agora? Estou num período de quarentena. Tive 22 anos de magistratura. Deixei minha carreira com base em uma promessa não cumprida de que eu teria apoio nessas políticas de combate à corrupção. Isso foi um compromisso descumprido. Não posso voltar para a magistratura. Eu me encontro, no momento, desempregado, sem aposentadoria. Tudo bem, tem gente em situação muito mais difícil que a minha. Não quero aqui ficar reclamando de nada. Pedi a quarentena para ter um sustento durante algum tempo e me reposicionar, provavelmente no setor privado.

O senhor tem medo de sofrer algum atentado? Certamente. Sigo tendo a proteção da Polícia Federal. Não gosto de falar muito nesse assunto. Isso é algo que assusta pessoas próximas a mim.

Foi por isso que, antes de aceitar o cargo, o senhor pediu ao presidente uma pensão caso lhe acontecesse algo? Achei engraçado algumas pessoas dizerem que seria um crime da minha parte. O que aconteceu foi o seguinte: como eu larguei a magistratura, perdi a aposentadoria e a pensão. E, como eu sabia que nós seríamos firmes contra a criminalidade violenta, contra o crime organizado e contra a corrupção, o que externei ao presidente foi um desejo de que, se algo me acontecesse durante a gestão, como eu havia perdido a pensão, minha família não ficasse desamparada. Certamente teria de ser analisada juridicamente a viabilidade disso, e a aprovação através de uma lei. A condição para que a pensão fosse paga seria a minha morte. Só externei que, caso eu fosse morto em combate, fosse garantida uma pensão integral à minha família, correspondente aos vencimentos de ministro.

O senhor se arrepende de ter largado a magistratura para entrar no governo Bolsonaro? Não. A gente tem esse espelho da Operação Mãos Limpas, na Itália. Foi feito um trabalho fantástico lá pelos juízes, mas houve um retrocesso político na Itália naquela época. Eles lamentavam muito. Embora soubesse que minha ida para o governo seria controversa, o objetivo sempre foi continuar defendendo a bandeira anticorrupção, evitando retrocessos. Não, não me arrependo. Acho que foi a decisão acertada naquele momento. Agradeço ao presidente por ter me acolhido. Assumi um compromisso com ele que era muito claro: combate à corrupção, ao crime organizado e à criminalidade violenta. Eu me mantive fiel a esse compromisso.

WhatsApp: atualização permite fazer ligação de vídeo com até 8 pessoas

A nova versão do aplicativo do WhatsApp agora permite fazer chamadas em vídeo com até 8 pessoas na mesma tela. Até então era possível conectar apenas 4 pessoas pelo aplicativo.

A novidade foi anunciada na semana passada pelo Facebook, que é dono do WhatsApp, e passou a ser liberada na segunda-feira (27).

Segundo o Facebook, as chamadas em vídeo no Messenger e no WhatsApp dobraram nos países mais afetados pela covid-19, como a Itália. “No último mês, as pessoas gastaram, em média, mais de 15 bilhões de minutos conversando todos os dias em chamadas do WhatsApp, bem acima de um dia típico antes da pandemia”, afirmou o WhatsApp em nota.

Contudo, fica evidente a estratégia da empresa de Zuckerberg para fazer frente a apps concorrentes como Zoom e House Party, que se popularizaram enquanto países do mundo todo adotavam isolamento social e quarentenas.

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