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Vale informa que onça não se encontra mais pelas ruas do Núcleo Urbano de Carajás

Através de nota divulgada nesta quarta-feira (18 de dezembro de 2013), a Gerência de Administração e Serviços Urbanos do Núcleo de Carajás, em Parauapebas, tranquilizou os moradores sobre a presença de uma onça pintada que estava perambulando pelas ruas do Núcleo Urbano de Carajás.

Confira a nota na íntegra:

“ Informamos que o felino (onça), que entrou no Núcleo Urbano de Carajás na segunda-feira, foi afugentado ontem e já avistado fora dos limites da cerca, às margens da Raymundo Mascarenhas. As equipes da Segurança Ambiental e Parque Zoobotânico, com o apoio de profissionais de empresas especializadas e cães, fizeram uma varredura completa no Núcleo para garantir que a área voltasse a normalidade.
Lembramos que para garantir a segurança de moradores, trabalhadores e visitantes, a equipe de Segurança Empresarial da Vale desenvolve uma série de ações continuamente, com o objetivo de prevenir incidentes com felinos no Núcleo Urbano de Carajás, que está localizado em uma área de preservação – habitat de inúmeras espécies de animais silvestres.
Entre essas medidas estão as rondas diárias ao longo da cerca; o rastreamento de indícios de felinos em área habitada; a verificação da integridade da cerca de proteção do Núcleo; a conservação de postos de vigilância fixos nos acessos norte e sul, assim como as inspeções nas áreas de bosque dentro do Núcleo ”.

Parauapebas ultrapassa Belém e se torna município mais rico do Pará

Ultrapassou. O município de Parauapebas já é o mais rico do Estado do Pará, conforme divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na manhã desta terça-feira (17), da pesquisa “Produto Interno Bruto dos Municípios 2011”, cujos dados se referem à produção de riquezas total de cada unidade territorial para dois anos atrás.
Em números, Parauapebas tem Produto Interno Bruto (PIB) total de R$ 19.897.434.661 (dezenove bilhões, oitocentos e noventa e sete milhões, quatrocentos e trinta e quatro mil reais e seiscentos e sessenta e um centavos). Em 2011, a produção de riquezas da “Capital do Minério” superou em mais de 200 milhões à da capital paraense, que foi de R$ 19.666.725.016. Com essa “singela” diferença entre Parauapebas e Belém – quase imperceptível nas estatísticas devido ao fato de os números serem distantes demais da realidade – seria possível construir por aqui 4.614 unidades habitacionais e tirar mais de 18 mil pessoas do aluguel, da galha do pau ou da sarjeta.

O salto dado por Parauapebas o aproxima cada vez mais do topo, entre os municípios mais ricos do Brasil. Dificilmente, o município paraense chegaria sequer à metade da produção de riquezas das metrópoles São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba ou Belo Horizonte. Mas, por ser pequeno e estar na Amazônia, ele intimida.
O IBGE põe na conta da indústria extrativa de minério de ferro o crescimento de praticamente R$ 4 bilhões do PIB em apenas um ano – só a título de comparação, o PIB de Marabá cresceu no mesmo período menos de R$ 200 mil. Entre 2010 e 2011, a “Capital do Minério” foi arrebatada da 33ª posição na lista dos municípios mais poderosos para a 25ª – seu PIB anterior era de R$ 15.947.708.648. Belém ficou encostado a Parauapebas, na 26ª colocação. O Brasil tem atualmente 5.570 municípios.
Com esse avanço de oito degraus na escadaria da riqueza, Parauapebas se tornou o mais estribado município de interior do Norte e Nordeste – título que durante muito tempo pertenceu a Camaçari (BA) – e o segundo mais rico do Norte, atrás apenas de Manaus, que é capital do Estado do Amazonas.
Além disso, com Belém destronado, o Pará se torna a segunda Unidade da Federação a não ter a capital como município mais rico de Estado. Até 2010, apenas Santa Catarina estava nessa condição, visto que Florianópolis, capital, não é o município mais rico, e sim Joinville.

PIB faz vistas grossas à má distribuição de renda; PIB per capita é delírio

Por trás dos números que fazem girar o PIB de Parauapebas está uma cordilheira de minérios que têm sido extraídos desde 1984, na Serra Norte, e que vão acabar mais cedo ou mais tarde. Só este ano, por exemplo, foram minerados do solo do município R$ 26.301.688.723,04 em ferro, manganês, granitos e gnaisse. Em 2015, quando a performance de 2013 for computada pelo IBGE, Parauapebas ainda poderá deixar outros municípios a sua frente para trás. Mas, a partir de 2018, só quem viver verá se a força econômica se manterá a mesma, já que Canaã dos Carajás roubará o centro das atenções no tocante à produção de minério de ferro.
No momento, dos mais de R$ 26 bilhões movimentados pela mineração em 2013, o município recolheu R$ R$ 663.120.491,41 em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) e a prefeitura local encheu os cofres com R$ 450.805.592,51, a cota-parte dos royalties.

Os números são graúdos, sim; orgulhosos, talvez; mas muito mais preocupantes que comemoráveis. Isso porque, na partilha individual das riquezas totais, o chamado PIB per capita, o de Parauapebas também é elevadíssimo: R$ 124.181,23 (20º entre todos os municípios do país), contudo não reflete a realidade. É como se cada um dos quase 177 mil habitantes (de idosos a bebês) produzisse e recebesse essa bolada em um ano – ou ganhasse um salário mensal de R$ 10.348,43. No frigir dos ovos, os números se mostram um verdadeiro absurdo, e se basear neles para efeito de orgulho é o mesmo que viajar no mundo da lua.
A renda per capita – que é diferente de PIB per capita – de cada cidadão de Parauapebas é de apenas R$ 627,61 por mês. Considerando-se apenas os maiores de 18 anos, empregados, a renda sobe para R$ 1.295,32. Ou seja, está muito longe dos R$ 10.348,43 teóricos, medidos pelo IBGE. Aliás, não mais que 400 pessoas recebem salário de mais de R$ 10 mil no município. Para piorar, a renda per capita parauapebense é menor que a renda média do Brasil, de R$ 1.296,19.

Trocando em miúdos, essa riqueza estratosférica e delirante do PIB fica apenas para quem o produz em grande escala, na extração de minérios. E mais: a riqueza é produzida aqui, porém é levada para fora. E ninguém duvida, visto que os 892 quilômetros da Estrada de Ferro Carajás (EFC) abrem alas ao trem, que conduz ferro e manganês de excelente qualidade para embarcar Atlântico afora.
A Parauapebas, o ônus e os passivos de todo azar. Os salários pagos na indústria extrativa não acompanham a superinflação interna, e tudo é ou se pretende ser mais caro que noutros lugares. A propósito, o salário médio de um trabalhador da mineração, com curso técnico, gira em torno de R$ 3 mil – muitos praticamente se matam para tentar enxertar o contracheque com horas-extras.
Para reforçar o contrassenso do superPIB, entre 2000 e hoje, o número de desempregados, nesta que é conhecida como terra do trabalho, saltou de 3.900 para 7.100, a maioria jovens, com idade entre 18 e 24 anos. E enquanto se torna ainda mais produtiva, investindo em tecnologia de ponta, a indústria extrativa cada vez emprega menos, já que, não raro, uma máquina realiza o trabalho de 100 ou mais homens. Por isso, não passa de 7.500 o número de operários em Serra Norte, contingente que já chegou a 11 mil outrora, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

‘Capital do Minério’ multiplicou problemas, inclusive ambientais

Na sede urbana de Parauapebas, é visível como o fosso social é colossal. Prédios de dez andares são separados por uma avenida de ocupações irregulares em morros; e encostas e ruas sem asfalto proliferam-se como rastilho de pólvora. O potencial econômico e o PIB em ascensão da região atraíram uma ruma de gananciosos que, ao mesmo tempo em que alegam investir, deixam ônus ambientais de lembrança.
A cidade mais “canteiro de obras” do país, que só vê o gigantismo do PIB nos relatórios do IBGE, mostra-se pujantemente “eficiente” na promoção de crimes contra a natureza. A atração de novas promessas imobiliárias para a milagrosa ilusão de tirar todos do aluguel faz com que o meio ambiente urbano sinta-se convidado a sair para dar passagem à expansão urbana. Por isso, a “tratorização” de morros é vista nos quatro pontos cardeais da cidade como se fosse algo comum e cotidiano.

Para alguns, em curto prazo, é sinal de progresso; para a maioria que resolver fincar morada em Parauapebas, com o decorrer dos anos, se tornará um desconforto porque, para cada morro detonado em área urbana e para cada árvore retirada, uma voçoroca e uma ilha de calor estão certas de se formarem.
A saber, a ilha de calor, segundo cientistas e pesquisadores, decorre da associação entre detonação de morros e encostas, derrubada da vegetação e utilização frequente de materiais de construção. É o modelo de Parauapebas, onde, sem um planejamento urbano claro e atualizado, muito pouco se pode fazer para conter as fronteiras de poeira e a instabilidade geológica causada a cada planalto que vem abaixo e que faz trincar a estrutura do que estiver na vizinhança.

No mais, o progresso do PIB esquentou de vez Parauapebas, literalmente. A sensação térmica na sede municipal está mais elevada a cada ano. Estudos realizados no município, por consultorias ambientais, demonstram que a temperatura subiu de 26,35 graus Celsius (ºC) na década de 1980 para 27ºC hoje. Pode parecer insignificante esse quase um grau, mas é suficiente para modificar todo clima local e afetar profundamente a biodiversidade, provocando desastres ambientais.
A própria temperatura máxima pulou de 32ºC para atingir picos de 34ºC no verão, frequentemente. Por outro lado, o volume de chuvas diminuiu. Antes, o índice pluviométrico anual estava em torno de 2.000 milímetros (mm); hoje, 1.800 mm.
Em linhas gerais, o termômetro que mede o crescimento do PIB se mostra em sentido contrário ao desenvolvimento socioambiental de Parauapebas, onde as aparências proporcionadas pelos números da cara da riqueza enganam.

Reportagem: André Santos

Orçamento da Prefeitura de Parauapebas será de R$ 1.3 bilhão para 2014

Cerca de R$ 1,3 bilhão. Este é o orçamento previsto para o ano de 2014 em Parauapebas. Nessa quarta-feira, 18, durante Sessão Extraordinária da Câmara Municipal, os vereadores apreciaram em primeira discussão o projeto que dispõe sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA-2014).

A LOA estabelece as despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. Ela determina a alocação de recursos para os programas e as ações que serão feitas no decorrer de 2014 em Parauapebas. Todos os parlamentares apresentaram emendas ao Orçamento, tanto individuais, quanto conjuntas, totalizando 60. Esta é a maior quantidade de emendas já realizada pelo Legislativo a um Projeto da LOA.
Já o Plano Plurianual Aplicado (PPA) para o quadriênio 2014-2017 (Projeto de Lei Nº038/2013 – autoria do Executivo Municipal) foi aprovado por unanimidade, em segunda votação, na terça-feira, 17.

O PPA é um planejamento governamental estratégico que estabelece, de forma tematizada, as diretrizes, os objetivos e as metas do Governo para um período de quatro anos. Trata também das despesas relativas aos programas de duração continuada. O Plano Plurianual 2014-2017 foi organizado com base em quatro objetivos temáticos, sendo eles: o desenvolvimento social; desenvolvimento e produtividade; infraestrutura urbana e social e gestão administrativa.

Na terça-feira foi aprovado também em segunda votação, o Projeto de Lei N°064/2013, que autoriza o poder executivo a doar terrenos de sua propriedade ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), administrado pela Caixa Econômica Federal. Essa doação é uma das condições para que a Caixa possa construir unidades habitacionais no município por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

Os trabalhos do Legislativo em 2013 serão encerrados nesta sexta-feira, 20. Haverá Sessão Extraordinária a partir das 16 horas, para apreciação em segunda votação da LOA. Com ela o Legislativo encerra os trabalhos de 2013 e entrará em recesso. O retorno ocorrerá no dia 15 de fevereiro de 2014.

Reportagem: Nayara Cristina

Alunos do campo superam anos de ausência à escola e concluem ensino fundamental

As irmãs Elcinete, 29 anos, e Elcineide Lima Saraiva, 24, afirmam que têm muito a comemorar. Morar no campo, adaptar-se à rotina de aulas após anos de ausência à escola, conciliar família e estudos foram seus principais desafios até a conquista do certificado de conclusão da 8ª série, do ensino fundamental. “Não tinha pretensão alguma a voltar a estudar. Se não fosse a dedicação da equipe do Pro Jovem em nos oferecer essa oportunidade e nos acompanhar durante dois anos, sinceramente, não estaria aqui hoje”, assumiu a irmã mais velha, aluna na escola Crescendo na Prática, Palmares II.

Elcinete e Elcineide fizeram parte da turma de 26 formandos do Pro Jovem Campo, um programa que tem como objetivo oferecer a pessoas com idade entre 18 e 29, a oportunidade de cursar de 5ª a 8ª série.

A solenidade de formatura aconteceu na noite de ontem, 17, na Escola Chico Mendes, Cidade Nova. Anaciara Lopes, coordenadora do Pro Jovem Campo, que trabalha há 10 anos com Ensino de Jovens e Adultos (EJA), afirma que o maior desafio para o EJA é evitar a evasão. “Começamos com uma turma de 65 alunos e conseguimos formar 26, nos sentimos parte dessa importante história. Alunos e professores ensinando e aprendendo”

Para Rayana Gondim, da Coordenadoria Municipal da Juventude (CMJ), a formatura desses 26 alunos é a conclusão de uma etapa e significa o início de uma nova caminhada. “Essa iniciativa traz uma nova perspectiva para o campo. Possibilidade de conhecimento e qualificação profissional”, disse.

O Pro Jovem Campo é resultado de uma parceria entre os governos federal, estadual e municipal. Em Parauapebas, compartilham atuação o Conselho Municipal Juventude (CMJ), Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror) e Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Reportagem: Lisane Bitencourt / Foto: Anderson Souza

Prefeitura nos Bairros facilita atendimento ao cidadão

Oferecendo serviços de emissão de documentos, cadastro e recadastramento do programa Bolsa Família, consultas médica e odontológica, vacinação, testes rápidos, corte de cabelo, entre outros, o programa Prefeitura nos Bairros ocorreu no último sábado (14), contemplando a população do Bairro Vila Rica.

Organizada pelo Departamento de Relações com a Comunidade (DRC), em parceria com secretarias municipais, a ação foi realizada na escola Eunice Moreira. Um dos serviços mais procurados foi emissão de documentos. Ao todo, foram distribuídas 150 senhas para obtenção de carteira de identidade e feito encaminhamentos para a emissão da carteira de trabalho, que agora o atendimento só acontece no SAC, devido à informatização do sistema.

A dona de casa Ediane de Almeida levou os dois filhos para consultar com o pediatra, sua mãe para consultar com clínico e ainda aproveitou para tirar o Cartão Bolsa Família. “Essa ação aqui perto da minha casa facilitou muito, foi rápido e fui muito bem atendida”, elogiou.

Já a moradora Arlete de Sousa aproveitou para levar as três filhas ao pediatra e disse que o serviço poderia ser oferecido mais vezes. “Minhas filhas apresentam umas manchas na pele, então resolvi aproveitar a oportunidade para consultar com o pediatra e já saí com a receita e alguns remédios. Muito bom”, contou Arlete de Sousa.

O prefeito Valmir Mariano visitou a ação, conversou com os moradores, falando da importância do projeto. “Esse projeto aproxima o governo da comunidade, quanto mais próximo sentimos as necessidades e as dificuldades das pessoas. É um processo que iniciou este ano e vamos continuar até o final do meu mandato”, garantiu o prefeito.

De acordo com o coordenador do projeto, Vaurismar Santos, essa é a última ação de 2013, e em 2014 terá novidades com a oferta de mais serviços.

Reportagem: Liliane Diniz / Foto: Irisvelton Silva

Índios Xikrin concluem 4ª etapa da EJA e fazem festa

Durante sexta-feira (13) e sábado (14), as aldeias Cateté e Djudjê-kô, localizadas a cerca de 370 quilômetros da sede de Parauapebas fizeram a festa. As comemorações que movimentaram toda a comunidade Xikrin do Cateté ocorreram devido à formatura de 41 alunos, de duas turmas de 4ª etapa, da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A primeira formatura aconteceu na noite de sexta-feira, na quadra da Escola Municipal de Ensino fundamental Bep Karoti Xikrin, localizada na aldeia Cateté, e contemplou 21 formandos. Já a segunda formatura, na noite de sábado, foi realizada no Nhabê (Casa dos Guerreiros), na aldeia Djudjê-kô, e contou com a conclusão de 23 alunos da Escola Moikô Xikrin.

Becas, capelos, terno, gravata, anéis e baile, entre outros acessórios, compuseram a solenidade de formatura dos concluintes, que estavam radiantes. Tudo de acordo com as formalidades do Kubên (homem branco em língua Xikrin), sem deixar de lado a tradição local: apresentações de índios caracterizados, Hino Nacional cantado em língua materna e tradução de todo o cerimonial em tempo real.

De acordo com Geânio Chaves, professor da Bep Karoti Xikrin, os próprios estudantes exigiram que a cerimônia fosse realizada de acordo com a cultura do “homem branco”. “Nosso alunos optaram por fazer uma festa diferente das que costumam realizar na aldeia. Eles exigiram que tudo fosse feito conforme a nossa cultura e ensaiaram muito para que tudo saísse perfeito”, afirma o professor.

Bebyry XiKrin, 19 anos, é um dos concluintes do ensino fundamental. Sua maior vontade é de ajudar seu povo. O jovem índio está ciente de que já deu um primeiro e importante passo em sua missão. “Estou feliz por ter chegado até aqui, mas sei que posso ir ainda mais longe. Preciso concluir meus estudos. Meu povo precisa de gente instruída para ajudá-lo.”

O cacique da aldeia Cateté, Kuokoipati Xikrin, proferiu palavras de incentivo aos jovens formandos e falou sobre a importância da educação para seu povo. “Parabéns pela vitória! Hoje vocês alcançaram um de seus objetivos. Estudem. Tem muita coisa pela frente. No futuro, serão vocês que vão lutar pelo bem da comunidade”, anuncia o chefe da aldeia.

Assim como Kuokoipati, o secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Rui Amorim, incentivou os jovens a prosseguir com os estudos. “Fazendo uso da educação, vocês poderão ajudar a comunidade em que vivem e contribuir para desenvolver a sociedade”, destaca o educador.

Reportagem e foto: Messania Cardoso

Presidente do PSDB local faz balanço das ações do governo Jatene na região

Há pouco mais de um ano, a vida do representante de vendas Daniel Costa de Almeida, 26 anos, era um sufoco. Quase tragédia. Ele, que mora em Curionópolis, tinha de viajar 30 quilômetros a Parauapebas, todos os dias, para oferecer produtos e serviços da empresa paulista a qual representa na região. A Rodovia PA-275, que interliga as duas cidades, estava praticamente desaparecida entre buracos, pontes caindo aos pedaços e carcaças de veículos, que não deram conta de chegar ao destino porque se envolveram em acidentes, muitas das vezes fatais para seus condutores.
Há quase uma década, essa importante rodovia – que um dos municípios mais ricos do Brasil, a “Capital do Minério”, ao mundo – estava atolada no esquecimento.
“Viajar por essa estrada parecia coisa de filme de terror. Você saía de casa, mas não tinha certeza se iria chegar vivo ao destino”, comenta o representante, lembrando ter visto e ouvido histórias de acidentes fatais nos 30 quilômetros entre Curionópolis e Parauapebas e nos 38 entre Curionópolis e Eldorado do Carajás.
Mas, em 2013, tudo mudou. O governo do Estado entregou os 68 quilômetros da PA-275 – que vai de Parauapebas a Eldorado – novinha em folha. “Pensei que não fosse viver o suficiente para ver essa estrada em boas condições”, comemora Daniel, elogiando o trabalho do governador Simão Jatene. “Agora está cem por cento.”
Essa é uma das tantas conquistas do governo de Simão Jatene, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), e que seu representante em Parauapebas, José Rinaldo Alves de Carvalho (o Zé Rinaldo), faz questão de lembrar. Presidente do diretório municipal do PSDB, Zé Rinaldo diz que o governo do Estado investiu quase R$ 26 milhões, em recursos próprios, para recuperar essa importante via, por onde circulam 500 veículos diariamente no fluxo intermunicipal. Até o final de seu governo, Jatene pretende asfaltar mil quilômetros de estradas Pará adentro. A malha viária das estradas estaduais pavimentadas é de 3 mil quilômetros.
Mas esses R$ 26 milhões são apenas parte do pacote de investimentos injetados em Parauapebas e região desde 2012. Há muito mais.

Zé Rinaldo - Presidente do PSDB de Parauapebas
Zé Rinaldo – Presidente do PSDB de Parauapebas

EDUCAÇÃO
De acordo com Zé Rinaldo, uma das pautas prioritárias do governo do PSDB na região é a educação, particularmente a situação do ensino médio em Parauapebas. Por meio de algumas reuniões entre representantes do partido e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), houve alguns avanços.
Uma escola de ensino médio está sendo construída no Bairro Cidade Jardim para beneficiar 15 mil habitantes. O investimento é de R$ 3,8 milhões. As obras devem ser concluídas nos primeiros meses de 2014. “Para nós, do governo do Estado, a educação é um dos pilares da sociedade, mas, sem o devido investimento nela, todo e qualquer projeto está fadado ao fracasso”, explica Rinaldo.

SAÚDE
Em maio deste ano, o governador Simão Jatene, em visita à região, confirmou que atenderia ao pedido do governo municipal, que solicitou a regionalização do Hospital Municipal de Parauapebas, atualmente em ampliação pela prefeitura.
Quando se tornar regional, ele poderá atender, também, aos municípios de Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás e Água Azul do Norte. E vai, imediatamente, desafogar a demanda do Hospital Regional de Marabá, para onde seguem pacientes que não podem ser atendidos aqui.
Hoje, a rede de saúde de Parauapebas recebe, em média, 600 internações mensais, mais que o dobro de todo os municípios de seu raio de influência. Logo, a iniciativa do governo do Estado, de promover a deslocalização dos serviços de saúde, beneficiando o interior, terá efeito positivo e significativo, sobretudo nesta região, marcada por elevada incidência de dengue e sinistros.

SEGURANÇA PÚBLICA
O governo do Estado está investindo mais de R$ 4 milhões para abrir 306 vagas para detentos do regime provisório com a construção da Cadeia Pública Masculina de Parauapebas, que deve ser entregue em 2014. A unidade prisional é uma obra importante dado o grande crescimento demográfico da região nos últimos anos. O governo do Estado garante, ainda, atuação mais eficaz do sistema de segurança pública do Estado no município.
A nova Cadeia Pública de Parauapebas contará com estrutura para que os detentos recebam assistência em diversos serviços, como atendimento odontológico e ambulatorial, consultórios médicos, enfermaria, assistência social, psicólogos, espaços destinados ao atendimento da Defensoria Pública, biblioteca, laboratório de informática, salas de aula e áreas de visitação e lazer para crianças, além de acessibilidade para portadores de deficiência.
A meta do governador Simão Jatene é zerar o déficit de vagas no sistema carcerário do Estado até o fim de 2014, com a criação de cerca de seis mil novas vagas e a construção de 22 novos centros de detenção, em 18 municípios paraenses. Os investimentos totalizam R$ 115 milhões.

HOMEM DO CAMPO
O governo do PSDB é parceiro do governo municipal nos planos Safra de Agricultura Familiar e Safra de Piscicultura, que buscam criar alternativa econômica à extração mineral e melhorar as condições de vida do produtor rural, beneficiando mais de 2 mil famílias de produtores em Parauapebas. O plano conta com supervisão técnica da Emater e da Adepará, órgãos do Estado.
Acreditando na força do campo e no pequeno produtor, o governador Simão Jatene está contemplando, em Parauapebas, sete famílias de agricultores familiares com recursos da ordem de R$ 249 mil, para incentivo à pecuária mista e à hortifruticultura. A pecuária mista (de corte e de leite) ocupa papel de destaque na base da economia de Parauapebas, seguida pela produção de hortaliças.
Os recursos são oriundos do Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar (Pronaf) e serão viabilizados pelo Banco da Amazônia, ao passo que os projetos técnicos de financiamento têm a assinatura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). Os financiamentos variam entre R$ 5 mil e R$ 76 mil, pelas linhas Pronaf Mulher, AC (custeio) e Mais Alimentos, e beneficiarão famílias nos assentamentos Rio Branco, Goianos e Itacaiúnas, além de comunidades da zona rural do município.

Reportagem: Frank James

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