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Primeira reunião com a Vale para discutir Acordo Coletivo será dia 18 de outubro

Será intensificada agora em outubro a mobilização e a luta da categoria para alcançar um Acordo Coletivo de Trabalho com a mineradora Vale. A direção da empresa marcou para o dia 18 de outubro o primeiro encontro com todos os sindicatos que representam trabalhadores na Vale em todo o País.

Todos os sindicatos estarão mobilizados para chegar a um Acordo Coletivo para ser aplicado nacionalmente, estabelecendo direitos coletivos iguais para a categoria em todo o Brasil.

De acordo com o Sindicato Metabase Carajás, os patrões já começam perturbando os trabalhadores com um atraso grande no início das negociações coletivas. “Como sempre acontece, a empresa usa do artifício de passar a pauta de reivindicações dos trabalhadores na primeira reunião, tirando eventuais dúvidas sobre cláusulas apresentadas pelas várias entidades”, relatou a diretoria do Sindicato em uma postagem no site do Metabase.

Ainda na postagem no site, o Metabase Carajás estabeleceu as principais pautas a serem debatidas no dia 18 de outubro, confira abaixo na íntegra:

“Nos últimos anos, avançamos muito em nossos acordos coletivos para melhorar benefícios, além de garantir reajustes salariais que recuperaram integralmente a inflação, obtendo ainda ganhos reais que regularmente próximos de 2%. No ano passado, no entanto, sofremos com um reajuste zero, deixando de repassar uma inflação acumulada de 10,34% pelo INPC.

Esta situação se reflete na “Pauta de Reivindicações” aprovada pelos trabalhadores para as negociações coletivas deste ano. Começamos com a reivindicação de manutenção de todos os direitos conquistados em acordos anteriores, em uma pauta extensa, mas que destacamos principalmente a preocupação econômica, a começar pelo reajuste dos salários”.

  • REAJUSTE SALARIAL que recupere a inflação acumulada pelo INPC desde o último reajuste concedido;
  • ABONO de R$ 3.000,00 pagos de uma vez;
  • GANHO REAL de 10%, aplicados sobre os salários já reajustados;
  • PISO SALARIAL de R$ 1.700,00;
  • HORAS EXTRAS de 80% nas duas primeiras horas; de 130% a partir da terceira hora e140% para horas trabalhadas em dia de repouso semanal e feriados;
  • CARTÃO ALIMENTAÇÃO de R$ 1.700,00 (12 créditos) e mais um de R$ 3.400,00 em dezembro;
  • PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS discutido com os sindicatos para disciplinar e dar transparências a administração de pessoal;

Além destas, outras reivindicações importantes procuram atualizar direitos conquistados em negociações e acordos coletivos anteriores, benefícios como o programa de saúde, reembolso educacional, adicionais noturno, de férias, de transferência, de sobreaviso, reembolsos de tratamentos eletivos de saúde, de farmácia, auxílios funeral, creche/maternal, seguro de vida, turno de revezamento, saúde e segurança no trabalho e tantos outros.

Cada ponto de pauta que estiver sendo negociado com a empresa será comunicado aos trabalhadores através dos boletins do Sindicato e por meios digitais, para que todos possam acompanhar a evolução das discussões e possamos nos mobilizar para fortalecer a defesa dos direitos da categoria”.

Ancião ‘passa fogo’ em ‘pilas’ que planejavam assaltar sua casa

Aconteceu em Araguaína (TO), a 328 quilômetros de Parauapebas. Um aposentado de 73 anos mandou bala contra três ‘pilas’ que tentaram assaltar sua casa. Um dos tiros acertou um menor de 16 anos. O fato ocorreu no final da tarde de ontem (13). Segundo informações colhidas no local do incidente, o ancião já estava de saco cheio do trio, que teria tentado atacar sua residência outras vezes.

A polícia conduziu o idoso à delegacia e apreendeu a arma do crime, uma carabina calibre 20, com a qual o idoso que a reportagem não conseguiu a identificação dele, surpreendeu os malfazejos.

De acordo com populares, a situação teve um final “feliz”. “Os pilas saíram com uma quente e outra fervendo. Vai mexer com quem tá quieto! Pensaram que o aposentado era bobo, mas se lascaram”, espalham na cidade de Araguaína.

Pela coragem de enfrentar três meliantes jovens (dois menores e um adulto), o aposentado agora virou celebridade.

Reportagem: Da Redação, com informações do portal O Norte

Consumidores reclamam de serviços da Rede Celpa em Parauapebas

De acordo com dados fornecidos pelo Procon em Parauapebas, no período de janeiro a dezembro de 2015, o órgão de proteção ao consumidor recebeu milhares de reclamações de usuários da Rede Celpa. Para se ter uma ideia, a situação é tão grave, que de 100% dos atendimentos registrados no Procon em 2015, quase 25% foram destinadas à Rede Celpa que é disparada campeã de reclamações no município.

As estatísticas deste ano serão finalizadas apenas no mês de dezembro, porém, tudo indica que a Rede Celpa continua liderando com folga o ranking de empresas mais denunciadas no Procon em Parauapebas. Para constatar, basta se dirigir ao Procon que fica localizado no Bairro Rio Verde e ver a movimentação de pessoas que procuram o órgão para demonstrar insatisfação com algum tipo de serviço prestado pela concessionária de energia elétrica.

Usuários sentem na pele

Os munícipes de Parauapebas que usufruem dos serviços da Rede Celpa sentem na pele o descaso por conta da única empresa responsável pela comercialização de energia elétrica no Pará.

Contas com valores absurdos, cortes sem autorização, lentidão no sistema telefônico e descaso no escritório de atendimento da empresa que fica localizado no Bairro Beira Rio, são algumas das principais reclamações por parte de clientes da Celpa.

Durante a tarde desta sexta-feira (14), clientes ds concessionária entraram em contato com a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar para denunciar a demora nos atendimentos para quem procura a agência em Parauapebas.

De acordo com os populares, além de poucos atendentes estarem disponíveis, a lentidão no sistema e até mesmo nos atendimentos faz com que eles fiquem horas e horas aguardando para serem atendidos, e na maioria das vezes, os problemas só são resolvidos da maneira que for melhor para a empresa. “Eu já precisei vir na Rede Celpa várias vezes por conta de faturas com valores altíssimos, porém, infelizmente o máximo que a gente consegue fazer é parcelar os débitos de contas que não condizem com a realidade de nossa residência”, relatou a dona de casa Maria da Conceição Lopes de Araújo que ficou mais de quatro horas no escritório da Rede Celpa para conseguir atendimento.

Outro lado

Visando sempre fazer um jornalismo sério e imparcial, a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar entrou em contato via e-mail com a Assessoria de Comunicação da Rede Celpa, para que a empresa se posicionasse em relação a esta matéria, porém, até o fechamento do material, não obteve resposta.
Vale ressaltar que o espaço está disponível para que a empresa se manifeste.

Curso de Compras Governamentais será ministrado para micro e pequenos empresários

A Prefeitura Municipal de Parauapebas (PMP), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e com o apoio da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas (ACIP) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), oferece o “Curso de Compras Governamentais” gratuito para micro e pequenos empresários que tenham interesse em fornecer para a Administração Pública.

O curso será ministrado por consultor especializado do Sebrae, no período de 24 a 28 de outubro, das 19h00 às 22h00, no auditório da CDL, no Rio Verde.

As inscrições podem ser feitas até o dia 18 de outubro, na CDL (rua Ceará, Nº 35, Rio Verde) ou na ACIP (rua 24 de Março, Nº 2, Rio Verde), das 8h00 às 17h00.

As vagas são limitadas e mais informações podem ser obtidas através dos telefones: (94) 3346-7185 ou 3356-1891.

Polícia de Parauapebas investiga suposto envolvimento de mototaxistas em assassinato

A lei do silencio imperou no local do crime, ninguém se arriscou em falar sobre o caso ocorrido na noite da última quinta-feira (13), na Rua G-6, Quadra 137, Lote 24, bairro Jardim Ipiranga, onde o jovem identificado por Fagner Gomes Silva, de 19 anos de idade, foi morto a tiros no interior da casa onde morava.

Os primeiros levantamentos realizados pela Polícia Civil dão conta que Fagner Gomes se encontrava deitado em sua cama assistindo TV, quando foi surpreendido pelos assassinos que após cercarem a residência, entraram no interior da casa de madeira, uma vez que a porta estava apenas encostada e o executaram em cima de sua cama.

Vingança ou acerto de contas?

Informações que estão sendo apuradas pela Divisão de Homicídios da 20ª Seccional de Polícia Civil de Parauapebas, dão conta que Fagner Gomes teria pego uma corrida com um mototaxista até um determinado local, onde um segundo individuo já o aguardava para roubar os pertences do motoqueiro, e que essa ação teria causado indignação de alguns colegas da classe, que no início da noite supostamente passaram a realizarem buscas nos bairro Tropical I II e Ipiranga, horas depois correu a informação de que o ladrão que em companhia de um comparsa teria assaltado um mototaxista, fato ocorrido na manhã do dia que antecedeu o crime.

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Também foi comentado, mais, não há confirmação oficial por parte da Polícia, que dias atrás um mototaxista havia sido morto em um assalto e que o jovem assassinado teria sido o autor dos disparos. Entretanto, a Polícia trabalha com duas hipóteses, crime por vingança ou acerto de contas com o tráfico de drogas.

Reportagem: Caetano Silva – Freelancer

Tribunal de Contas do Pará quer garantir processo de transição de gestão nos municípios

Os conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA) aprovaram, durante sessão plenária da última quinta-feira (06), a Instrução Normativa 01/2016, que dispõe sobre procedimentos para garantir a transição de governos nos municípios paraenses. De acordo com o documento, serão realizados orientações e regramentos técnicos junto aos poderes executivo e legislativo municipais de todo o estado para que a transmissão dos cargos ocorra de forma correta sem perda de informações e bens públicos. Segundo o presidente do TCM-PA, conselheiro Cezar Colares, “o Tribunal fará o acompanhamento junto os municípios para que haja uma transição republicana, independente de questões políticas. Acima de tudo, o processo de transição é uma responsabilidade de todos”.

A Instrução Normativa prevê ainda que o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará e o Ministério Público do Pará (MPE) fiscalizem e façam uma intervenção direta no município onde houver qualquer problema no processo de transição. “A sociedade é um aliado importante para que melhoremos o controle social, principalmente nesse momento de transição, podendo denunciar casos abusivos”, completou Cezar Colares.

Entre as irregularidades em transições governamentais elencadas pelo Tribunal, está a falta do repasse de informações da gestão em exercício para os prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais eleitos. Destacam-se os casos quando os ordenadores de despesa atuais não fazem o balanço da gestão e o desvio do patrimônio público, como o sumiço de computadores, documentos e outros itens.

Uma das principais frentes a ser garantida com a Instrução é a formação da comissão administrativa de transição de mandato. A comissão deverá ter ampla divulgação com publicação na imprensa oficial do município, nas localidades onde houver tal veículo, nos Portais da Transparência dos municípios e por envio de ofício ao TCM-PA, MPE e à Câmara Municipal. O documento normatiza ainda que as comissões deverão ser compostas pelos servidores municipais responsáveis pelo Controle Interno, pela Contabilidade, pela Procuradoria ou Assessoria Jurídica e o responsável pela área financeira. Outros agentes públicos ou políticos, como secretários ou presidentes de fundos municipais, poderão ser indicados pelo atual prefeito para integrarem a comissão.

Além da Instrução Normativa, o TCM-PA realizará nos dias 03 e 04 de novembro próximos o “Encontro de Prefeitos e Vereadores”, cujo tema será “Transparência e desafios para quem entra e para quem sai”. O evento reunirá cerca de 1500 pessoas, entre os atuais prefeitos e presidentes de Câmaras, assim como os eleitos no dia 2 de outubro, para capacitá-los na adequação da gestão dos recursos públicos municipais nos anos de 2017 a 2020. Serão abordados assuntos de extrema relevância, dentre os quais a definição dos procedimentos obrigatórios e necessários para a transição governamental no âmbito municipal.

Preparativos do 2º Baile das Debutantes da AMONPA estão avançados

Um projeto social belíssimo. É assim que se resume o Baile das Debutantes da Associação de Moradores Nascidos e Criados em Parauapebas, Identidade e Cidadania (AMONPA).

Em sua 2ª edição, o baile está sendo preparado com muito empenho por uma equipe que forma a comissão de realização do evento beneficente. Ao todo, 30 debutantes que completaram ou ainda irão completar 15 anos de idade até o dia 30 de dezembro de 2016 irão ser agraciadas com uma linda festa.

Cada uma das meninas ganha um padrinho que é responsável pela sua produção (roupas, sapatos, cabelo e maquiagem). Para captar os padrinhos, a comissão organizadora leva o projeto e muitos empresários e políticos querem apadrinhar as debutantes.

Para concorrer, as adolescentes passaram por uma inscrição, onde escreveram uma carta contando um pouco de suas histórias de vida, sendo que a comissão se encarregou de ler as cartas e fazer a difícil escolha, escolhendo as 30 felizardas.

Após a escolha das contempladas, o próximo passo é organizar buffet, decoração e os vestidos das debutantes que serão todos confeccionados em Parauapebas.

O segundo Baile de Debutantes da AMONPA será realizado no próximo dia 12 de novembro no Tatersal do Parque de Exposições Lázaro de Deus Vieira Neto.

Para o presidente da AMONPA, advogado Manoel Chaves, que também é o idealizador do baile, a entidade vem trabalhando em prol da cidadania, fortalecendo o lado social. “A nossa entidade vem desenvolvendo uma série de ações em vários bairros e este baile é importantíssimo, afinal, realizaremos a festa dos sonhos para 30 garotas e suas respectivas famílias”, disse Manoel.

João Paulo, Coordenador Geral do Baile da AMONPA, o evento é especial e gratificante. “Estamos nos empenhando ao máximo, para realizar o sonho dessas adolescentes, fomos na zona rural, em bairros afastados, tudo para levar uma esperança a essas meninas”, relatou.

A AMONPA desenvolve um trabalho intenso com as comunidades através das coordenadorias de bairros, que estão presentes em todas as áreas de Parauapebas. Uma das últimas ações da entidade foi entregar a agenda de responsabilidade para todos os candidatos a prefeito que disputaram as eleições municipais este ano em Parauapebas.

Apresentação das garotas

Na tarde desta sexta-feira (30), a organização do Baile das Debutantes da AMONPA realizará um evento no Plenarinho da Câmara Municipal de Parauapebas e apresentará oficialmente as 30 garotas contempladas na edição deste ano.

Reportagem: Maria Oliveira

GAMP diz que pagamentos de salários atrasados no HGP dependem da Prefeitura

Durante a última quinta-feira (13) a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar publicou uma matéria com o título: “Funcionários de empresa que administra o HGP reclamam de salários atrasados”.

Na manhã desta sexta-feira (14), a Assessoria de Comunicação (ASCOM) do GAMP, encaminhou nota à equipe de reportagens do Pebinha de Açúcar e disse que o repasse de recursos para que os salários sejam pagos depende da Prefeitura Municipal de Parauapebas, e que na próxima semana os problemas seriam solucionados. Confira abaixo a nota na íntegra:

“O Hospital Geral de Parauapebas está em plena atividade atendendo a população com os serviços de Maternidade, Núcleo de Diagnóstico que inclui telemedicina de ponta em centros de referência Nacional, Centro Cirúrgico com Cirurgias de Baixa, Média e Alta Complexidade; Mamografia; Clínicas Médica e Cirúrgica; Serviços de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários); Unidade de Tratamento Intensivo-UTI Adulto com 10 leitos e Hemodiálise com 42 pacientes da Rede. Os pacientes renais são os mais beneficiados, já que tinham que se deslocar a outras cidades para receber o tratamento em jornadas que chegavam a durar 15 horas diárias, segundo depoimentos colhidos.

Essa melhoria só foi possível com a celebração de Contrato de Parceria entre a Prefeitura Municipal de Parauapebas e a Organização Social GAMP – Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública, empresa que já atua há mais de dez anos no mercado, com relevantes serviços prestados.
O GAMP implantou o Sistema de Gestão de Alta Qualidade utilizando de tecnologia de ponta para otimizar o atendimento e vem cumprindo  tudo o que está pactuado no contrato. Cabe à Prefeitura efetuar os repasses devidos para que sejam honrados os compromissos assumidos, o que deve acontecer até a próxima semana”.

Governo Valmir Mariano: o jogo dos 12 erros

Adianto que o intuito deste artigo não é, como se diz no jargão popular muito utilizado na política: “chutar cachorro morto”. Primeiro, mantenho o respeito ao atual prefeito que irá encerrar o seu mandato no fim deste ano. Não tenho objetivo de atacar ou denegrir a sua imagem. Fiz diversas críticas a sua gestão, todas de cunho público, nunca no âmbito pessoal. Não trabalho nesta linha. Apesar de saber que se enveredasse por tal caminho teria muito mais acessos em meu blog. Mas como venho sempre afirmando, quero qualidade nos acessos, no debate e contribuir com Parauapebas, município que escolhi morar e criar meus futuros filhos.

Irei pontuar em diversos segmentos da atual gestão (levando em consideração que cheguei em Parauapebas no fim de 2014, portanto, acompanhei in locu, metade do governo. De resto foram pesquisas e análises à distância).

1 – Início ruim de Governo

Inegavelmente, mesmo que haja transição entre gestões, iniciar um governo não é fácil. As forças políticas que chegam ao poder ainda estarão se acomodando em seus espaços e construindo uma unidade gerencial que muitas das vezes não é possível ou não acontece em sua plenitude. O início do governo Valmir foi muito complicado. A montagem foi realizada de forma atropelada e que estavam sendo influenciadas por fatores externos. Retrato das composições e acordos políticos na campanha e que precisavam serem cumpridos. Isso explica as “tropeçadas” sucessivas e certa inércia administrativa no Palácio do Morro dos Ventos. Os dois primeiros anos foram complicados e pesaram na avaliação geral da atual gestão.

2 – Troca-troca no 1º escalão

Não há dúvida que o governo que se encerra bateu um recorde entre todos que assumiram a prefeitura da “capital do minério”: mudanças no secretariado. Até o processo de descompatibilização exigido pela justiça eleitoral para os que pretendiam se lançar candidatos nestas eleições, haviam sido trocados 55 secretários. Qual gestão ou política pública (independente de área) sobrevive ou consegue realizações positivas com tantas mudanças? Exemplo disso foi a secretaria de cultura, a maior “moeda de troca” da gestão Valmir. Nove pessoas assumiram a pasta. Resultado pode-se perceber na produção cultural do município, quase inexistente.

3 – Governo ruim na articulação política

Toda e qualquer gestão deve primar por sua articulação política. Em um sistema presidencialista, onde o Executivo torna-se refém do parlamento, ter um bom articulador político é fundamental. Por exemplo, a chefia de gabinete do prefeito Valmir até o momento foi trocada quatro vezes. O que demonstra claramente descompasso na referida área. O atual Wanterlor Bandeira, que assumiu a função há pouco mais de um ano, melhorou a relação com a Câmara de Vereadores e acordos que deixavam de serem cumpridos. Mas tal mudança positiva poderia ter sido tarde, como de fato foi.

4 – Governo sem identidade social

Não há como negar que o governo municipal realizou muitas obras, sobretudo, as estruturantes, seguindo o perfil do prefeito. Deixará um legado de infraestrutura e avanços na mobilidade urbana, acessibilidade, transporte público, etc. Mas errou em não produzir políticas públicas sociais, como a gestão anterior fez. Pelo contrário, as desmontou. Não houve políticas públicas municipais para ação e promoção social em um município em crise econômica. Isso é mortal eleitoralmente. O que foi mantido é o modelo assistencialista com recursos federais. Neste sentido a sociedade, sobretudo, os mais necessitados, não se sentiram representados. Não viram ou perceberam no governo o cuidado, zelo em “acomodar” ou tentar diminuir a crise social e econômica.

5 – Governo de perfil exógeno

Não se precisa fazer esforço analítico para ter a concepção que o governo Valmir foi muito mais “para fora” do que “para dentro”. Ou seja, deixou de lado programas ou ações de dentro da gestão para serem realizadas ou produzidas por pessoas ou empresas do município, ou seja, gerando renda local e que não fossem enviadas para além da cordilheira de ferro que contorna a cidade. Isso criou sentimento parecido com o abordado no tópico acima.

6 – Governo sem comando central

Em diversos textos abordei tal questão. Valmir não governava ou se fizesse tal ação, era de longe, à distância, acompanhando em segundo plano o que estava sendo realizado. Existia um núcleo gerencial, o prefeito acompanhava e autorizava as deliberações. Não existia a sua presença, sua condução. Isso politicamente é ruim, arranha a imagem. A população espera no prefeito, participação, liderança, ação e fiscalização efetiva sem e seus subordinados. Uma gestão no “piloto automático” é mal avaliada.

7 – Falta de carisma do prefeito

Este ponto o levantei respeitando o perfil. Valmir Mariano não é político e nem sabe fazer política. Trato desta questão há dois anos. Mesmo não tendo característica carismática, deveria ter sido melhor trabalhado isso. Foram quatro anos para que essa “qualidade” pudesse ter sido melhorada, embutida no prefeito. Valmir se fechou em seu espaçoso gabinete e estava nas ruas esporadicamente, quando, por exemplo, tinha que inaugurar obras. Não tinha boa comunicação (oratória péssima). Repito, não estou criticando o prefeito por não ter essas características. Isso é do perfil de cada um. Critico aos que não o tornaram menos ruim nas questões apresentadas.

8 – Denúncias de corrupção

O governo Valmir foi atingido em cheio com uma avalanche de denúncias de suspeitas de desvios de verbas públicas e desmando na gestão em prol de interesses pessoais dos que estavam à frente de pastas e órgãos públicos. A operação “Filisteus”, o Gaeco, MP, que estavam quase permanentes em Parauapebas, criaram um desgaste muito grande a imagem do prefeito e de sua gestão. Seus adversários fizeram bom uso das situações negativas. O processo ainda prossegue, mas sem avanços.

9 – Crise econômica

Não há como negar que a atual crise econômica vivida por Parauapebas, baixa cotação do minério de ferro no mercado internacional, ocasionou queda significativa na arrecadação, o que tornou a administração da máquina municipal e o atendimento de demandas mais complicado. Aliado a isso a falta de habilidade fiscal e descontrole dos gastos, fazendo com que a prefeitura deixasse de cumprir seus compromissos com prestadores de serviços e contratos em dia. O termo “caloteiro” foi muito vinculado a imagem do prefeito Valmir.

10 – Falta de cumprimentos de acordos e instabilidade em decisões

Uma das principais marcas do governo Valmir. O próprio prefeito ficou marcado por decidir e depois voltas atrás de suas decisões. Outra marca negativa e que pesa na avaliação da sociedade

11 – Alta rejeição

Vinha afirmando desde o início do ano corrente que a rejeição ao prefeito Valmir era alta e que isso seria um grande obstáculo ao processo de reeleição. Quem trabalha em campanha política sabe que mesmo com bom marketing e peças publicitárias bem construídas, rejeição é um desafio, voto quase perdido. A campanha eleitoral do prefeito foi muito bem feita, a melhor. Isso refletiu em diminuição da rejeição e aumento da porcentagem das intenções de votos, mas não foi o suficiente.

12 – Falta de comunicação institucional

Neste quesito, o governo Valmir errou muito. A relação com a imprensa local não foi bem costurada. A Ascom pecou em muitas situações. Se resumiu ao envio de matérias aos rementes da imprensa. Não promoveu melhor relacionamento e a exposição de obras do governo foi muito deficiente. Melhorou no último ano com o reforço de pessoas de Belém. Isso é comprovado na prática. Um governo que fez muito, mas perdeu eleição e manteve alto índice de rejeição.

Finalizei em 12 pontos. Claro que poderiam ter sido mais, até mesmo que leia esse texto vai apontar ausências, mas penso que essa uma dúzia reflete bem de modo geral o processo como um todo. Meu objetivo é promover reflexão sobre a gestão pública e a relação de poderes em Parauapebas. De resto é politicagem gratuita.

  • Henrique Branco é Professor de Geografia e Estudos Amazônicos das redes municipal e particular de Parauapebas. É especialista em Geografia da Amazônia: Sociedade e Gestão dos Recursos Naturais e editor do Blog do Branco – Reflexões e Provocações.

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