As reclamações são dos preços impostos pelo aplicativo de mobilidade urbana 99, que segundo os motoristas, não faz cálculo distinto conforme custos em cada município do Brasil e assim, inviabiliza o trabalho dos exploradores do serviço de transporte de passageiros.
Quem falou com a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar foi Quislon Vieira, presente na manifestação ocorrida na manhã de hoje, terça-feira, 2, em Parauapebas, quando vários motoristas estacionaram grande quantidade de veículos com o objetivo, segundo ele, de chamar a atenção da empresa responsável pelo aplicativo para que reveja os cálculos do serviço prestado ou das taxas cobradas pela utilização do mesmo. “A gasolina aqui em Parauapebas está muito cara e a corrida muito barata. Além disso, a empresa ainda criou opções de promoções que podem ser escolhidas pelo cliente na hora de pedir o serviço”, explicou Quislon Vieira, contanto tratar-se do App 99 que dá ao cliente cerca de 40% de desconto em corridas que se encaixam numa categoria promocional.
Em detalhes ele, contou que tem corrida de seis quilômetros que está saindo por R$ 5,00 (cinco reais); e compara que com a gasolina custando em média mais de R$ 5,00 (cinco reais) não sobra lucro, nem mesmo, para a manutenção do veículo. “Não é em todo município que a gasolina ou o etanol é barato, então, nosso objetivo é que no mínimo seja baixado o valor das taxas cobradas e aumentar o valor das corridas, além de acabar com os descontos”, simplifica Quislon, citando como agravante que em Parauapebas o preço do álcool é quase o mesmo da gasolina, obrigando o motorista a abastecer sempre com gasolina. Além disso, ele diz que a qualidade da gasolina não é boa, o que faz cair o rendimento por litro em relação aos quilômetros rodados.
De acordo com números passados por Quislon Vieira, atualmente, em Parauapebas, existem mais de seis mil motoristas cadastrados só no App 99, devendo, destes, estar rodando pelo menos 4 mil.
A manifestação que aconteceu na manhã de hoje na PA-275, nas proximidades da Rua do Comércio, no Bairro Rio Verde, segundo Quislon Vieira poderá ocorrer em outros dias até que a empresa sinta a falta de recursos que deixarão de entrar no caixa, e assim, se interessar por ouvir a reivindicação e atender a pauta da categoria.
