Em sessão do Tribunal do Júri ocorrida na última quarta-feira, 7 de novembro, em Parauapebas, a Justiça condenou os réus Paulo Henrique Reis da Silva e Antônio Carlos de Sousa da Silva pelo assassinato de Elian Sousa dos Santos. O crime ocorreu em 2019 e foi motivado por rivalidade entre facções criminosas. O júri contou com a atuação dos promotores de Justiça Magdalena Torres Teixeira e Samir Tadeu Moraes Dahás.
Após mais de 15 horas de sessão, os réus foram condenados por homicídio qualificado, por motivo torpe, previsto no art. 121 do Código Penal Brasileiro. Antônio Carlos de Sousa da Silva foi condenado a 15 anos e 9 meses. Já o réu Paulo Henrique Reis da Silva teve a pena reduzida, por ter menos de 21 anos na época do crime, e foi condenado a 13 anos e 6 meses.
Entenda o caso
De acordo com as investigações, na madrugada do dia 15 de junho de 2019 Elian Sousa dos Santos vinha do serviço em um estabelecimento comercial, onde trabalhava como garçom, quando alguém bateu no portão de sua residência. Ao abrir, a vítima foi executada a tiros por Paulo Henrique Reis da Silva e um outro réu, que está foragido, por ordem de Antônio Carlos de Sousa da Silva.
Os réus são integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e teriam planejado a morte da vítima por ela ser integrante da facção Comando Vermelho (CV). De acordo com o relatório policial, Antônio Carlos é um dos chefes da facção criminosa PCC e planeja e ordena inúmeras mortes mesmo estando dentro do presídio.
A vítima foi encontrada pela mãe, que ouviu os disparos de arma de fogo enquanto orava no quarto, caída perto do corredor com um ferimento no peito, e não havia sinais de arrombamento na porta da residência. Em seu testemunho, a mãe declarou que não tinha conhecimento de que o filho possuía envolvimento com facções criminosas.
A autoria do homicídio de Elian foi confirmada por meio de relatos do assassinato registrados em um caderno apreendido no presídio de Altamira, após uma rebelião. No caderno havia a descrição do crime, com nome, data e bairro dos autores e também da vítima.
